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Incêndio: qual a melhor maneira de prevenir

Não há um paulistano que desconheça o edifício Joelma, famoso como o prédio mais assombrado de São Paulo – e principalmente, pela catástrofe que ocasionou essa paranormalidade. O incêndio de 1974, ceifou a vida de 187 vítimas e mais de 300 pessoas feridas. Já a tragédia da Boate Kiss, que ocorreu em 2013, no Rio Grande do Sul, matou 242 pessoas e feriu mais de 600, é um caso que teve julgamento apenas recentemente e com os responsáveis saindo impunes.

Incêndios são fatalidades não tão corriqueiras, mas que acontecem por algum motivo – seja proposital ou pela falta de regulamentação de um imóvel. Quando ocorrem, sempre comovem a população – mas nunca o suficiente para que o governo e os responsáveis por imóveis atuem mais efetivamente pela prevenção dos mesmos.

Neste post, você aprenderá algumas causas comuns de incêndios e quais as medidas preventivas.

O que causa um incêndio

As causas de um incêndio são muitas e variam. Podem ocorrer propositalmente, por falta de manutenção e prevenção, por desastres naturais como raios, ou falta de educação ambiental, como jogar bitucas de cigarro em estradas ou outros locais que possam queimar.

Em edifícios e imóveis, é mais comum acontecer pela falta de vistoria e verificação adequadas. Falhas ou sobrecargas elétricas também podem ocasionar desastres.

Os motivos mais comuns são:
  • Falta de manutenção em ventiladores, ares-condicionados e aquecedores;
  • Ausência de manutenção na rede elétrica;
  • Sobrecarga de tomadas;
  • Descuidos em cozinhas;
  • Armazenamento de produtos inflamáveis em locais impróprios (como casa de força, casa de máquinas dos elevadores ou a casa de bombas do prédio).

A Associação Nacional de Proteção Contra Incêndios, ONG internacional que tem o propósito de diminuir danos causados por fogo, riscos elétricos e relacionados, classifica os tipos incêndio em cinco:

1 – Classe A: fogo em materiais sólidos, como madeira, papel, tecidos, borracha, plástico, dentre outros;

2 – Classe B: combustão em contato com substâncias inflamáveis como gases, graxas e etc.;

3 – Classe C: queima por meio de materiais elétricos energizados, como transformadores, geradores ou mesmo eletrodomésticos;

4 – Classe D: fogo em contato com metais combustíveis, como magnésio, lítio, potássio, sódio, selênio, zinco, alumínio, urânio, zircônio, titânio, antimônio e etc.;

5 – Classe K: diz respeito aos incêndios que ocorrem por meio de gorduras como banha, óleo vegetal e relacionados. 

Portanto, a culpa de um incêndio pode recair tanto sobre moradores/funcionários de uma edificação quanto pelas organizações responsáveis pela construção e administração dos mesmos. 

Qual a solução?

Mas a questão em relação a incêndios não é totalmente de negligência. Desde 2017, temos a Lei Federal Nº 13.425, que impõe medidas de prevenção contra incêndios. A tragédia da Boate Kiss (citado acima) foi o que impulsionou a percepção do público acerca da falta de segurança e normas que visem a mesma em relação a incêndios. 

Apesar de haver o Laudo AVCB (Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros), obrigatório para a obtenção de alvarás, muitos prédios continuam funcionando sem um – ou ainda pior, sem uma vistoria cautelar, como no caso do prédio no centro de São Paulo, na 25 de março

Tanto que uma das sobreviventes do incêndio de 1974 do Edifício Joelma, contou em entrevista que muitos prédios ainda não têm a preparação necessária para prevenção de incêndio. Ela ainda afirmou que ainda se faz o uso e o armazenamento de materiais inflamáveis, o que são uma receita para o desastre.

As normas e os exemplos citados evidenciam que, mesmo que hajam leis e órgãos, a falta de fiscalização possibilita os desastres. É necessário que órgãos atuem com maior rigidez em relação às edificações e suas condições. E mais ainda, é preciso que tenham profissionais verdadeiramente capacitados para elaborar projetos que contemplem o combate e a prevenção, bem como saídas acessíveis para evacuação. 

Por isso, especializações na área de combate e prevenção vêm sendo cada vez mais necessárias. Hoje, existem até mesmo cursos de pós-graduação para engenheiros civis, voltado para a precaução contra incêndios. 

Responsabilidade profissional

O PPCI (Projeto de Prevenção e Combate a Incêndios) é o documento que detalha todas as medidas necessárias como sistema com plano de evacuação, equipamentos como extintores, hidrantes e sprinklers, dentre outros. O PPCI deve ser elaborado por um profissional com registro no CONFEA e deve ser solicitado pelo responsável pelo imóvel ou síndico. A ausência do PPCI pode acarretar em multas.

Mas é sempre mais seguro contar com um bom profissional, experiente, que tenha todas as noções de como construir da forma mais segura o possível. 

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6 tipos de pontes mais utilizadas

Alguma vez na vida você já passou por alguma ponte, não é? Seja uma ornamentada como a Henderson Waves em Singapura ou mesmo Viaduto Santa Ifigênia em São Paulo, se deslocar é um ato que sempre contará com obstruções. E é para isso que as pontes (ou viadutos) existem, servindo para transpor um obstáculo, natural ou artificial. 

Porém você já parou para pensar em quais os tipos de ponte que tem? Como é aquela que faz parte do seu dia a dia? Qual a diferença entre ponte, viaduto e passarela? Nesse post você vai saber tudo isso e muito mais!

Pontes Pênseis

Também conhecida como ponte suspensa, esse tipo de ponte consiste em torres posicionadas nas extremidades, sendo o peso distribuído por cabos ao longo do trecho para tráfego. Os cabos principais ligam-se por meio de varas em posição vertical ou cordas, recebendo o peso da ponte, que transferem para os pilares nas extremidades.

Arquitetonicamente, são bonitas (quem nunca sentiu vontade de passear de carro pela Golden Gate, em São Francisco?) porém frágeis a ações do vento, como a Tacoma Narrows em Washington, EUA, que desabou após forte ventania em 1940. A falta de manutenção também pode causar desastres, como a Silver Bridge (irmã da catarinense Hercílio Luz), construída em 1928 e que desabou em 1967, causando a morte de 46 pessoas. Esse acidente serviu para alertar os barrigas-verdes, que interditaram a ponte nos anos 1980. 

Pontes Estaiadas

A estrutura desse tipo de viaduto pode parecer com a das pontes suspensas, mas a diferença entre elas é que: ao invés de haver cabos distribuídos ao longo da ponte, eles são presos diretamente à torre (geralmente, uma única), de maneira simétrica. Na ponte suspensa, os cabos verticais ligam-se aos cabos principais, tendo uma pressão menor. Já na estaiada, os cabos são tensionados de maneira constante ao apoiarem-se na torre, segurando diretamente a base para tráfego.

Existem dois tipos de ponte estaiada: as com cabos em forma de harpa e as em leque

Os viadutos em formato de leque são mais eficientes e econômicos, já que seus cabos são mais inclinados, permitindo vãos maiores (ou seja, menos mastros). As com formato de harpa, são mais bonitas, com função mais ornamental do que prática. 

Uma curiosidade é que esse tipo de ponte é um tanto “recente”, surgindo em meados da década de 1960. A primeira ponte estaiada do Brasil foi a Ponte Octávio Frias de Oliveira que passa pelo Rio Pinheiros e hoje é um dos símbolos da cidade de São Paulo. 

Ponte de vigas

Agora o tipo mais simples de ponte (e consequentemente, dos que mais têm por aí). 

Seu formato consiste em uma plataforma (onde ocorre o tráfego, seja de pessoas ou veículos) apoiada por duas ou mais vigas, sustentadas por pilares em mesma quantidade. O peso é distribuído das vigas para os pilares e os materiais podem ser de concreto, metal, ferro ou aço. Os pilares têm uma base como fundação, seja em água ou vale. 

Sua forma básica e eficaz fez com que se popularizasse, sendo as pontes e viadutos rodoviários em maioria neste formato. 

Viaduto (ou ponte) em arco

Esse modelo de ponte é milenar, remontando ao Império Romano, antes de Cristo. A via de tráfego recebe sustentação pelo arco, dependendo de como é o projeto. Também é possível o arco sustentar e segurar a via. 

Pode haver um ou mais arcos dando suporte para a pista. A cada tipo de material, é necessário um diferente planejamento de sustentação nas extremidades. Pontes ou viadutos feitos de alvenaria, por exemplo, ficam em constante compressão.

Cena da franquia Harry Potter, em que o Expresso de Hogwarts passa o viaduto Glenfinnan. A fictícia escola de magia e bruxaria fica localizada na Escócia.
Viaduto Glenfinnan, que foi cenário para o Expresso de Hogwarts nos livros e filmes da saga Harry Potter

O Expresso de Hogwarts, trem da saga de ficção e fantasia Harry Potter, criada pela autora britânica J. K. Rowling, passa pelo Viaduto ferroviário Glenfinnan, na Escócia. O viaduto existe na vida real e possui 380 metros de comprimento, com uma série de arcos feitos de cimento. Sua construção iniciou em 1897, sendo inaugurado em 1901.   

Ponte de treliças

Treliças são peças que, quando conectadas, formam uma estrutura triangular. Elas sustentam a pista, sendo construídas em cima de bases em cada extremidade. As treliças são muito rígidas, transferindo a carga de peso de um ponto único para uma área maior, o que absorve o impacto e o peso. Podem ser tanto de aço ou madeira, porém o uso difere para cada propósito: para compressão, é usada a madeira; para tensão, utiliza-se o aço. 

Esse modelo de ponte foi popularizado principalmente nos EUA, durante os anos de 1870 a 1930. Apesar de não haver muitos exemplos notórios no Brasil, é um tipo econômico, já que são protótipos simples e eficientes em relação ao uso de materiais.

Ponte cantiléver 

Também conhecidas como Ponte em Balanço, elas se diferenciam de outras por serem apoiadas em estruturas em uma única extremidade (chamado de cantiléver).

Anteriormente, possuía o nome de North Bend Bridge, quando foi inaugurada em 1936. Foi renomeada em 1947, em homenagem ao engenheiro civil Conde Balcom McCullough, responsável por projetar muitas pontes da US Route 101, na região costeira do Oregon.
 Conde B. McCullough Memorial Bridge no Oregon, EUA

A pista de tráfego é apoiada em vigas, que dissipam a energia gravitacional e cinética dos carros. Não necessita de cabos para sustentar a pista – porém em caso de pontes maiores, é necessário o uso de treliças de aço estrutural. É recomendável o uso de aço no sistema de protensão para evitar fissuras, trincas ou rachaduras na estrutura. 

Esse modelo de passagem surgiu durante o século 19, por conta do desenvolvimento de tecnologias provenientes da Segunda Revolução Industrial, demandando melhoria na infraestrutura ferroviária com pontes mais compridas. Assim, os engenheiros daquela época descobriram que quanto maior o comprimento, mais suportes são necessários, porque eles distribuem a carga de forma igual.

Lá em cima você entendeu que o propósito de uma ponte é transpor um obstáculo que dificulte o deslocamento. Porém vendo dessa maneira, tudo pode ser uma ponte, não é? As passarelas por cima de rodovias, os viadutos que cortam não apenas rios mas outras pistas também transpõem obstáculos, assim como uma ponte sobre um rio, certo? Calma que não é bem assim. 
Segundo a norma ABNT NBR 9452, ponte é uma “estrutura destinada à transposição de obstáculo à continuidade do leito normal de uma via, e cujo obstáculo deve ser constituído por canal aquífero, como rio, mar, lago, córrego e outros.” Ou seja, a ponte serve para transpor obstruções de forma líquida. 
Já o viaduto é uma “estrutura destinada à transposição de uma via, e cujo obstáculo é constituído por rodovia, ferrovia, vale, grota, contorno de encosta. Esta estrutura destina-se também à substituição de aterros”. Em outras palavras, serve para atravessar impedimentos “secos”.

E aí, gostou de saber mais sobre os tipos de pontes e viadutos? Então confira mais do nosso conteúdo informativo e nos siga no Instagram e Facebook para ficar ligado em nossas novidades!

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Entenda a vistoria cautelar de vizinhança

Você construiu um imóvel e recebe um processo de um morador da região, com a alegação de que a construção danificou sua propriedade. Você telefona para os seus advogados em busca de uma solução. Porém, por não ter realizado uma vistoria cautelar de vizinhança antes de iniciar as obras, nada pode ser feito. 

Você deve saber que a vistoria cautelar de vizinhança é uma verificação obrigatória por lei em todo o país. Quem determina o regulamento é a ABNT NBR (Associação Brasileira de Normas Técnicas), com o artigo 12.722 criado em 1992. A vistoria também deve ser feita antes de se iniciarem as obras.

Neste artigo, você entenderá a importância de efetuar uma vistoria cautelar, os tipos existentes da mesma e por que é importante contar com um bom profissional da área.

Por que realizar uma vistoria?

Além de ser uma exigência pela ABNT, a vistoria cautelar de vizinhança é benéfica por outro motivo. Ela serve como uma forma de prevenção, tanto para a construtora quanto para os moradores da região.

A vistoria cautelar de vizinhança analisa todo o espaço ao redor da obra. Averigua:

  • possíveis avarias e qualquer tipo de irregularidade;
  • o padrão de construção da área;
  • estado de conservação;
  • idade aparente dos imóveis

Todas essas questões devem ser documentadas em um laudo, contendo fotos das avarias e detalhamento dos sistemas das construções.

Com esses dados catalogados, fica uma garantia para possíveis ações de vizinhos que tentem tirar proveito da construtora. Ou o inverso, em que os moradores terão um documento que comprove algum dano que possa ser ocasionado pela obra.

É necessário que um perito da área vá de casa em casa para inspecionar e fotografar o que for preciso para elaborar o laudo. 

Outro benefício existente ao ser feita uma vistoria cautelar é que isso contribui positivamente para a imagem da empresa. Demonstra profissionalismo e que a construtora se importa com a segurança e comodidade dos moradores da região.  

Vistoria cautelar de vizinhança em massa x de poucos imóveis

Existem dois tipos de vistoria cautelar. A vistoria de poucos imóveis é realizada quando a obra é menor. O que permite um trabalho minucioso adequado.

Nela, todos os locais são fotografados. Independente de ter uma falha ou não. Avarias são descritas por completo. E o processo de inspeção e elaboração de relatório são realizados pela mesma equipe. 

A vistoria em massa é feita quando a obra é muito grande e gerará um impacto maior na vizinhança. Ela exige uma metodologia própria, diferente da comum, com equipes maiores encarregadas das distintas atividades de vistoriar e redigir o relatório.

Por ser um projeto de maior magnitude, o laudo é mais objetivo. Contém fotos somente das avarias, estas descritas em códigos e também descritas em croquis. 

Ao contratar os profissionais adequados para realizar a vistoria cautelar, certifique-se de que eles têm todo o conhecimento necessário para a inspeção correta. 

Sempre conte com os especialistas

Depois de ter lido todas as informações sobre, você entendeu o quão importante e necessária é a vistoria cautelar de vizinhança, não é? E também captou que é preciso um profissional experiente e eficiente, que tenha vasto conhecimento no assunto? O time da Fado Engenharia tem prática em vistorias e muito mais! Entre em contato e saiba mais sobre nossos trabalhos!

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